A história da impressão e do papel atravessa séculos de inovação, criatividade e engenho. Desde as primeiras folhas prensadas à mão até às rotativas digitais de alta velocidade, o universo gráfico está repleto de curiosidades que poucos conhecem. Reunimos dez factos surpreendentes que revelam como esta indústria continua a desafiar a tecnologia e a sustentabilidade, mantendo-se essencial ao nosso quotidiano.

1. O papel nasceu há quase dois mil anos na China
Em 105 d.C., o eunuco Cai Lun apresentou à corte Han um método para fabricar folhas finas a partir de trapos, casca de amoreira e redes de pesca. Este processo foi o ponto de partida para o papel moderno, espalhando-se lentamente pela Rota da Seda até ao Médio Oriente e, séculos mais tarde, à Europa.
2. O formato A4 é fruto de uma proporção matemática elegante
Adoptado pela norma ISO 216, o formato A4 (210 × 297 mm) mantém a proporção raiz de 2. Isto significa que, ao dobrar uma folha A4 ao meio, obtém‑se um A5 com a mesma razão de lados. O truque facilita a redução e ampliação de documentos sem distorcer o conteúdo e minimiza desperdício de papel na guilhotina.
3. Gutenberg não inventou a impressão, mas revolucionou‑a
A xilogravura já existia há séculos quando Johannes Gutenberg criou, por volta de 1440, a prensa de tipos móveis em metal. O seu grande feito foi combinar liga de chumbo, mecanismo de rosca e tinta oleosa para produzir livros em massa com rapidez e qualidade, lançando o primeiro boom de informação da Europa.
4. A primeira impressão em quatro cores data do século XIX
Em 1893, o francês Georges Meisenbach aperfeiçoou a técnica de fotogravura em retícula, permitindo a separação de imagem em ciano, magenta, amarelo e preto. Nascia o processo CMYK, ainda hoje a base da maioria das impressões offset e digitais.
5. Há máquinas que imprimem mais depressa do que um comboio urbano
A actual campeã de velocidade digital, a Prosper 7000 Turbo, alcança 410 metros por minuto em bobina. Isto equivale a mais de 20 folhas A4 por segundo. O segredo está em cabeças de jacto de tinta contínua que disparam até 3 mil milhões de gotas por segundo.
6. Tinta de soja reduziu milhões de toneladas de compostos voláteis
Nos anos 80, jornais norte‑americanos começaram a substituir tintas à base de petróleo por alternativas com óleo de soja. Além de cores mais vivas, estas tintas libertam menos VOC, facilitam a reciclagem do papel e melhoram as condições de trabalho nas gráficas.
7. Papéis de pedra e algas já são realidade comercial
Chamado paper stone ou papel mineral, mistura carbonato de cálcio com resina para criar folhas impermeáveis e resistentes ao rasgo, sem usar água nem árvores. Já o papel de alga utiliza biomassa recolhida em proliferações costeiras, transformando um problema ambiental num recurso renovável.
8. O símbolo da paz foi impresso milhões de vezes e nasceu de sinais náuticos
Desenhado por Gerald Holtom em 1958 para uma marcha antinuclear, combina as bandeiras de semáforo para as letras N e D, iniciais de Nuclear Disarmament. Transformou‑se num ícone global da cultura impressa, replicado em cartazes, autocolantes e t‑shirts.
9. A impressão que muda de cor existe há décadas
Tintas termo‑cromáticas reagem a variações de temperatura, revelando ou escondendo gráficos. Rótulos de cerveja que ficam azuis quando a bebida atinge a temperatura ideal ou bilhetes de lotaria que aparecem ao ser raspados usam esta tecnologia interactiva.
10. Mais de dois terços do papel na Europa é reciclado
Segundo a Confederação das Indústrias do Papel Europeias, a taxa de reciclagem ultrapassa 70 por cento, tornando o papel um dos materiais mais circulares do continente. A fibra pode ser reciclada até sete vezes antes de perder resistência, reduzindo de forma significativa a pegada de carbono da impressão.
Da invenção do papel à impressão de alta velocidade, do CMYK às tintas ecológicas, a indústria gráfica renova‑se constantemente e continua a marcar presença em quase tudo o que tocamos. Se pretendes transformar conhecimento em peças que impressionam no papel, confia na Webnial Gráfica Online.